quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

De todo imaginário

As visões voltaram...
Tudo perdido em meio ao caos: mares de idéias, intenções, possibilidades, condições iniciais, pontos de partida, partidas...
É difícil não ver o futuro; sabê-lo, quiça, impossível.
Tenho pensado tanto em corredores, escadas, escalas...
Deparo-me, contudo com túneis, mapas, calçadas e luzes e...por outro lado, há tanta névoa ao redor.
Tudo é tão indissociável: o sonho, o cotiano, a existência.
Nunca vejo rostos, no entanto; mas sim, pensamentos em vapor suspenso.
Como que entregando-se ao etéreo.
Posso escutar-me; pareço real, porém improvável.
Esse mundo é apenas fração de tudo quanto é imaginável.
Pouco me importa o colapso das coisas; o que é real.
Diversão são os inícios; terminar, não tem graça.
Mesmo assim, eu, quase sempre, acordo.
Quando o mundo me chama, digo em voz alta: "presente".

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Quem vem nos ver hoje?

Chaves, portões.
Venenos e antídotos do mundo moderno.
Os portões, os muros, as janelas...
Pequenos domicílios -  piccole carceri.
E a internet?
Temos tudo preparado para uma existência secundária.
No entanto, pode-se viver uma vida não-vida?
Tudo é smart: I-phones,  I-pads, ...
Ai-são tantos...
Quem hoje envia postais?
Ainda se escreve cartas?
Por aqui os correios são bancos também.
Porque sabemos bem: pagar as contas do que obtemos.
Mas o que obtemos sem comprar?
Tudo o que imaterial - passa
Assistimos a (quase) tudo
E viver, sabemos?
O que nos faz falta agora?
Temos (quase) tudo entre quatro paredes...
Mas, quem vem nos ver hoje?



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ângulos

O ângulo - obtuso
Escancara o passado.
A 180 graus,
Moram meus sonhos idos.
O ângulo - reto
Abrupto,
O encontro com nova trajetória.
A 90 graus,
Avista-se o futuro.
Obtuso, agudo...
[Tal qual rumo incerto]
Tudo que é ainda possível,
Habita planos perpendiculares.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O grito

Algo de dentro ruge.
O estômago tem fome.
A alma ainda mais.
Um corrente em meio às entranhas,
Percorre veias e vísceras.
Um desejo de libertação urgente,
Clama transcender o discurso.
Quer regurgitar atos aprisionados.
Da garganta,
Emerge o grito.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Moral

A verdade é que...
Todo tempo é de mudança.
A verdade é que...
Todo tombo leva a apreciar a calçada.
E francamente...
Mesmo louça fina, suja.
Emporcalha feito moral de gente.
E há o que se condene?
Não.
Louça é pra sujar.
Gente é pra aprender.
A verdade é que...
Depois de sujo, a gente limpa.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Tatuagem

A poesia é minha tatuagem.
Tatuo na pele palavras.
Umas são até coloridas.
Em tons muito vivos.
Outras são camufladas na cor da pele.
Mas nem tudo é palavra.
Em mim, faço desenhos tantos.
Nas pálpebras desenhei raios de sol.
Em tudo vejo luz.
Tenho rosas tatuadas nas narinas.
E tudo tem cheiro bom.
Livros, contos, histórias.
Tatuo na memória.
Sou luz, perfume, lembrança.
Sou todo sentidos.
Tudo em mim lembra poema.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Obra do impossível

A poesia é para o impossível,
O que a prosa é para a verdade.
Fazer poesia não é contar verdade.
Deixemos à prosa contar as verdades.
No cedro da poesia há muito mais frutos que galhos.
Ser poeta é viver na possibilidade.*
Poetizar é mentir infantilmente,
De forma absolutamente encantadora.

*referência a "I Dwell in Possibility" de Emily Dickinson em forma de tradução livre.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Rota do descobrimento

Andei pensando em mudar.
Mudo.
Andei pensando.
Dúvidas incuráveis.
Instantes que correr feito vagões.
Vaguei.
Por trilhos certos.
Nada mudou.
Pensei.
Mudo.
Andando sem rumo.
Destino incerto.
Andei.
Rota do descobrimento.
Entrei.
Porta adentro de mim.
Mudei.

domingo, 30 de setembro de 2012

Em um minuto

Quero um minuto do seu tempo
Quero tempo para um minuto
Sua atenção
Seu carinho
Todo amor que houver
Em um minuto
Quero você em um minuto
De todo o tempo do mundo
Quero que o tempo pare num minuto
Que o tempo não passe nenhum minuto

Porções de poesia em colher


Um colher de chá de brigadeiro de panela,
  [É alegria garantida: noite e dia].
Um colher de sobremesa de otimismo,
  [Apura bem o ânimo e cura de toda descrença].
Uma colher de sopa de xarope expectorante,
  [E põe pra fora todo resto além da saudade].
Algumas colheradas depois, a vida segue bem melhor.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Desejo maior

Tudo o que mais queria agora era...
Um xícara de café, um bolo de noz.
Um sorriso teu, um olhar, um momento a sós.
Tudo o que eu queria agora era...eu, você, nós.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Castelli Romani

Há horas em que tudo parece sonho,
 [Que tal qual rocha, fora transportada das planícies aos altos castelos.]
E ergueu-se em meio a alvorada qualquer.
Algo essencial, profundo e esquecido,
 [Parece emergir, em meio à atmosfera de becos e luzes de pequenos faroletes.]
Descortinando os olhos do impossível.
A luz escapa-nos às mãos.
Sem que um facho sequer fique para trás.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Poema sem teto

Os tetos das casas,
Por que não tem eles flores?
Por que não lhes deixam brotar do concreto o infinito?
Os tetos dos homens,
Por que não lhes tem efeito o sol de todas as manhãs?
Por que não lhes iluminam mais a consciência?
Por que são as nuvens o teto do céu?
Imagino.
Os tetos das casas, dos homens, do céu.
Todos, sem fim.

domingo, 24 de junho de 2012

Divagar, devagar

Algumas idéias tenho acerca do mundo das idéias de outros homens.
Com as que entendo, gosto de divagar.
Com as que não entendo, gosto de...devagar.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Vozes do verbo

O belo, o silente,
o exercício livre;
a libertação.
Nem sim, nem não;
a bússola do tempo à mão,
o saboroso talvez,
o eterno possível;
o vão impossível.
A conjugação do verbo,
[em primeira, segunda, terceira pessoa]
Pacificar [...]

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Quem te viu, quem te vê

Você já viu um email chegar à sua caixa?
E uma carta? Um postal, talvez?
Você já consultou o dicionário? Já leu um jornal?
E piadas, já contou? Marshmallows, já comeu?
Já ouviu o barulho de uma cachoeira?
E de um carro dando partida?
Já viu um beija-flor? Um porco-espinho? Uma vitória-régia, talvez?
Já reparou na graça que as palavras tem?
Já percebeu o quanto é difícil amar alguém que não se ama?
Você sabe o que é um vinil? E K7, sabe o que é?
Você alguma vez já ajustou a margem da folha para escrever à mão?
Ou deu benção à mãe e pai?
Será que tudo que evolui deixa quase tudo para trás?
Ou será apenas que a metade que virou inteiro esquece que foi metade?


sábado, 12 de maio de 2012

Vida possível

Vida possível, o tempo não te pertence.

Fatos transitam em vias congestionadas.
  [São artérias cosidas pela vida.]
Almas livres não conhecem a fugacidade.
O tempo só sabe do tempo.
A vida não sabe da vida.
Vida tola, vida possível.
Minha vida.
  [Edonista, egoísta, amada, sentida, vivida.]
Vida, descola-te da goma do tempo.
Descortina a teia dos acontecimentos.
  [Transcende os valores do mundo.]
Torna-te possível.
Muito antes que seja provável.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Entre passos e palavras

Entre passos e palavras.
 Um pedaço de papel.
   O mundo num canto.
     Escrevo como vivo.
      Vivo como canto.
        Escrevo outro tanto.
         O papel ao plano.
         Os olhos ao globo.
         O mundo me escreve.
       As trajetórias, os passos.
      Compassos e borrachas.
    Café, fotos, bolachas.
  Vida escrita por inteiro.
Versos pela metade.

sábado, 7 de abril de 2012

O Hábito do Não

Hoje não.
Não posso.
Não dá.
Não há tempo.
Não vai dar mesmo.
Não fui.
Não vou.
Não dá pra chegar.
Não dá pra falar.
Não dá pra parar.
Não dá.
Não vá...
O hábito do não.
A oportunidade e o hábito.
A liberdade e o vício.
Sim ou não?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Do avesso (eu uso óculos)

Eu uso óculos.
Para saber quem eu sou.
Para curar meu astigmatismo do mundo.
Eu uso óculos diariamente.
Analiso o interior difuso.
Reconheço o mundo inteiro.
A lente sempre para fora da pupila.
Enxergo para dentro.
A íris sempre por trás da lente.
E meu mundo não é sempre colorido.
Sou meio cego de nascença.
De sol e de noite.
Eu uso óculos.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Regresso do Amor

Meu amor está voltando.
Não que tenha ido embora,
É que de passagem em passagem,
A presença acaba ficando do lado daqui,
Do lado de lá.
Meu amor está voltando,
Pra dividir o sono e o sonho.
Nosso amor é como o tempero bem feito,
Aquela receita ao ponto,
Aquele sumo meio doce, meio amargo,
Com gosto de quero mais.
E quero mais, quero mais...
Já vou te ver,
Já vou te amar,
Já vou...
Meu amor está chegando.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Som de Poesia

Escutei um barulho estranho.
De estômago roncando.
De batida de coração.
De passos no corredor.
Todos remetem a um corpo.
Que virou livro.
Com umas mil e não sei quantas páginas.
Escritas em versos.
Em sons.
Um corpo em formato de poema.

terça-feira, 20 de março de 2012

Educação Imprópria

O que é educação?
E para que serve?
A quem serve?
Ontem mesmo disseram-me na rua que educado não é polido.
Mas se educado também não é possível,
Então, o que pode ser educado?
Quem pode ser educado?
Que pode um povo educado?
O que foi que lhe ensinaram?
Disseram-me que fora para a libertação.
Ora, então por que vive-se preso e acorrentado à realidade?
Educar não pode significar libertar.
A liberdade fora escrita na alma.
Muito antes que coisa alguma se impregnasse no corpo.
Assim, educar é arte de escrever no corpo um linguagem.
De sons, línguas e metáforas.
Todas elas voltadas à apreciação do mundo a nossa volta.
Então, o povo educado tudo pode.
E ela a todos serve.
Embora apreciar não seja para todos.
Mas já não sabemos isso do cotidiano anormal?
Educados ou não educados,
A pergunta é: o que foi que lhe ensinaram?

sábado, 17 de março de 2012

Não Vou Chorar

Não vou chorar as misérias do homem moderno.
Nem lamentar a ocorrência dos momentos infelizes de sua história.
Quero, num passo longo adiantar-me à vida dos homens,
Pois o homem de hoje é o homem de ontem.
[Nem o de ontem foi talhado à guerra,
tampouco o de hoje à solidão, ao isolamento]
Mas não. Não vou chorar a triste história de todos os homens.
Quero guardar as lágrimas para os momentos raros do mundo.
Para a cenas extraordinárias da natureza.
Para cada vida insurgente.
Para cada nova esperança brotando do cio da terra.
Não. Não vou chorar as catástrofes globais.
As grandes tormentas, os furações, as crises econômicas.
Quero lacrimejar as noites mal dormidas dos homens de bem.
Dos trabalhadores da boa ventura.
Entregar minhas lágrimas todas ao amanhã do progresso.
Mas não. Não vou chorar os avanços da tecnologia.
O progresso das ciências.
Guardarei o choro para a noite do grande sonho.
Para a alvorada das transformações.
Guardarei um lenço macio no bolso blusa.
Para usá-lo num dia que talvez nunca chegue.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Jogo de Palavras

Sabe o girassol que todo dia o sol gira?
Será mesmo que Davi amou a vida?
Ou será que foi a Diva?
Quando é que malemolência se transforma em mal e molência?
Será na lua nova ou na nova lua?
Será que a meia metade de mim sabe da metade meia que sou?

quarta-feira, 14 de março de 2012

Pequeno Universo

Gosto de livros pequenos.
Porque não sei como lê-los grandes.
E afinal, a vida não é trem que passa de hora em hora;
E as portas dos vagões não sempre estão abertas.
O que é pequeno cabe em mim.
Dentro de uma estatura média cabe empilhar mil micropensamentos,
Milhões de microrios.
Ademais, tenho pressa.
Quero encontrar nos pequenos livros as pequenos palavras.
No cotidiano, pequenos atos, pequenos gestos.
Quero fagocitar tudo que for miniatura,
Respirando por microporos.

 

terça-feira, 13 de março de 2012

Águas Rasas

Revolve o mar as águas rasas,
Em meio a areias turvas e conchas quebradiças à sua beira.
Sejam os grãos a poeira da alma difusa que carregas,
As conchas, as desilusões que saboreastes.
Revolve tu a borda de teu ser,
O teu íntimo à mostra do social.
Revolve-a tal qual as ondas do mar:
Invariável e lentamente,
Sem aguardar o cair do sol e o passar dos dias.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mundo do lado de fora

Ah, se eu conhecesse o mundo,
Se eu realmente soubesse do mundo.
E não fosse afeto às causas pequenas,
Avesso aos propósitos grandes,
Gigantes e enormes dos homens.
Se eu pudesse ao menos ver o mundo de longe,
Como a criança que vê a bola de gude azulada
Na palma de sua mão...
Teria eu olhos de ver sua face longilínea?
Seu seio colossal?
Não estou certo...
Parece-me que para apreciá-lo,
Para conhecê-lo,
É preciso estar do lado de fora da janela.
É preciso observar atentamente,
Pra ver o quanto tudo que vivemos é circunstancial.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Perfeccionimos

Ah, se meus vícios fossem todos controláveis...
Se minha paciência fosse água de moinho a renovar-se todo instante,
Se meus sonhos tivessem a duração dos dias que passo a refletir,
(Em meio a todas nuvens do céu e a ouvir o sussurro de todas as aves;
minhas companheiras e amigas).
Ah, se eu pudesse esperar pelo tempo na esquina da vida,
(Sem o grão do arrependimento do entardecer, 
que a todos os dias ceifa um pouco de nossas forças).
Ah, se o mundo não fosse tal qual eu mesmo:
Louco, ensandecido, ingrato, inebriante...
Ah, sim! Como o azul pareceria mais azul e o vento mais suave!
Claro que sim! Os dias e as noites não se acabariam como o hoje.
E tudo pareceria, ainda assim: esplendoroso, belo,
Fadigado e monótono,
(Como testemunham os próprios anjos do céu).

Momento incomum

Eu disse a ele (que me achou O ESTRANHO): "não sou o único ESTRANHO por aqui! Nem sou também o único fulano que acha que há algo de mais fundamental perdido em meio a todo esse azul terrestre."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Memento Mori

Andei pensando recentemente sobre a morte. Que personagem curioso essa figura, não?! Uns enxergam no obituário o leito do sofrimento (ou do gozo) eterno, desfrutado no paraíso ou no inferno; já outros, veem nela o último poema que se escreve ao mundo, a última carta de amor que se faz ao esplendor da vida, e que se parte para um "sei lá onde". Por fim, há também os loucos, cuja única ideia que trazem consigo sobre a morte é a de que ela nada mais pode ser, senão a continuação de uma linha completamente emaranhada, sem começo, meio e fim; mas passando por duas descontinuidades: a vida e a morte. Pessoalmente, fico com a última, com meu gosto próprio por insanidades razoáveis.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Pontuação

Um ponto de vista,
Dois pontos focais,
Múltiplos pontos de referência.
Um ser humano:
E três pontos...

A Última Flor do Lácio

Um objeto direto pré-posicionado,
Uma prosopopeia desfigurada,
Uma aliteração meio dissonante,
(difusa e desconexa),
Uma metonímia literal.
Ah, minha querida Língua Portuguesa!
Somente com tuas pás e enxadas poderia fazer-me assim:
Objetivo, diretivo, prosopopeico, desfigurado,
Aliterado, dissonante, metonímico...
Literalmente, eu.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Móveis Etiquetados

Se queres te libertar,
Não atira teus móveis janela abaixo;
Eles são teus,
E apenas teus!!!!
(Não pelo valor monetário, mas sim pela identidade!)
Se te queres,
Encontra-te em cada canto da casa:
Em cada estante,
Em cada xícara,
Em cada prato...
Quer no vaso de flor,
Quer no quadro empoeirado à frente da mesa de jantar,
Encontrarás algum vestígio de teu rosto,
(Impregnado de memórias).
Se lá nada houver, é que já não mais pertences a tal lugar,
Nem tal lugar te pertences igualmente,
Há muito tempo...

Atos Privados

Alguns atos privados são tão importantes em nossas vidas, que talvez sejam eles o únicos responsáveis por não enlouquecermos perante o caos e a luz difusa do cotidiano.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Unicidade

A mim, que tive tantas faces
O espelho foi como um filtro;
Despindo-me das máscaras
E das ilusões deveras inumanas.
Os sonhos não se foram,
(Como os grãos de areia do deserto).
Porém, as máscaras,
(Minhas diversas faces),
Caíram-se todas,
(Tal qual o desabar do anjos do céu à Terra),
Tonando-me um ser desavergonhado;
Arredio e manso;
Um ser Uno em sua magnitude...

domingo, 1 de janeiro de 2012

Celebrações

Minha vida não foi propriamente uma festa.
Embora certas vezes minha alma fosse carnaval,
Noutras, Ramadã.
O importante de tudo é que nunca o coração deixou de bater.
E a vida, sempre abundante, revelou-se nesses instantes:
De riso e de choro.
Hoje, alguns carnavais mais velho,
Alguns Ramadãs mais novo,
Relembro o quanto foi importante festejar, jejuar, refletir...
É essencial viver todos os dias!,
Sem que passe um sequer em que apenas existamos.