quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mundo do lado de fora

Ah, se eu conhecesse o mundo,
Se eu realmente soubesse do mundo.
E não fosse afeto às causas pequenas,
Avesso aos propósitos grandes,
Gigantes e enormes dos homens.
Se eu pudesse ao menos ver o mundo de longe,
Como a criança que vê a bola de gude azulada
Na palma de sua mão...
Teria eu olhos de ver sua face longilínea?
Seu seio colossal?
Não estou certo...
Parece-me que para apreciá-lo,
Para conhecê-lo,
É preciso estar do lado de fora da janela.
É preciso observar atentamente,
Pra ver o quanto tudo que vivemos é circunstancial.