terça-feira, 14 de maio de 2013

Inspiração

Nunca pensei em escrever um texto.
Minha inspiração é estranha,
Gerida no âmago,
Faz com que as palavras venham aos montes, sempre.
E sejam expelidas como vômito incontido.
O papel - o chão.
A caneta - o rodo que espalha a borra em forma de verbos e substantivos.
E de vez em quando é preciso passar pano molhado com detergente,
Pra tirar o cheiro azedo de vômito sem adjetivos.
Por fim, é preciso esperar secar...
Engolir um pouco da saliva mal jorrada,
E aguardar por um novo instante de ânsia.

Nenhum comentário: