A esperança é a mãe dos tolos; é a última que morre (já diriam uns) e a primeira que mata (diriam outros); é a cruz em que Jesus Cristo foi pregado.
Se lá pregado não estivesse, não esperaria que fosse ouvido: por milênios adentro, pelo mundo afora. Como seria o mundo sem o Jesus pregado e sem a nossa mais querida tola?! Talvez o mundo tivesse mais fé (em seu sentido literal), aquela para a qual o significado de expectativa é inexistente. Talvez os homens fugissem menos as suas reais responsabilidades e não depositassem confiança a outrem; talvez vivessem em uma concretude tão devastadora que o mundo seria ainda mais engessado e cruel do que já; talvez se embriagassem mais; talvez orassem menos, pois não haveria o fardo da cruz; talvez eu mesmo não fosse aquele que lhe traz esse desalento, mas, de certo, haveria outro que o faria: talvez melhor, talvez pior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário